O bocejo, portanto possui
um caráter fisiológico (natural). Porém não podemos negar o fundamento
espiritual, uma vez que nosso corpo físico está ligado também com o corpo
espiritual, todas as obras de Deus foram criadas de maneira harmônica. No final
do dia é natural bocejarmos pois este é um sinal que o corpo já está cansado.
Porém há casos em que basta que se comece uma oração com fé e os bocejos surgem
com intensidade e frequência, de maneira repentina, percebe-se também que
passado algum tempo de oração ou cessando a oração os bocejos cessam. Esse
"fenômeno" acontece porque a oração vai expulsar toda realidade
negativa que nos contaminou, tais como impaciência, briga, ressentimentos,
orgulho (Cf. Gal 5,19) e etc.
Sabemos que “Deus é luz e nele não há treva alguma” (I Jo 1, 5).
Quando estamos perto de alguma pessoa de muita Luz, pode acontecer de começarmos
a bocejar, ou ainda o contrário, quando estamos perto de uma pessoa negativa.
Via de regra o bocejo, no aspecto espiritual, acontece devido ao uma troca de
energia espiritual (cf. Mc 6,34 ).
Quando renunciamos a realidade negativa que nos contaminou,
QUANDO ESTAMOS EM UMA ORAÇÃO DE GRANDE PODER, entramos em combate espiritual,
surge então os bocejos, uma sonolência, tédio ou cansaço de maneira repentina;
esta é uma ação característica dos espíritos de torpor, eles oprimem ou
bloqueiam os nossos sentidos espirituais, pois não querem que deixemos as obras
das trevas (atos imorais) e tenhamos comunhão com Deus – “se dizemos ter
comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos” (Cf. I Jo 1, 6). Do combate
(Cf. Efe 6,11) espiritual e a saída destas forças espirituais do mal (Cf. Mac
9,25; Luc 4, 35) surgem os bocejos que se intensificam a medida que vão
deixando de oprimir nossa mente, ou seja, param de sugerir pensamentos
negativos e já não tem "poder persuasivo direto sobre nossa mente",
pois esta agora está em "sintonia" com Deus.
Quanto mais energia negativa de espíritos emocionais
(contaminação) nos deixam (Cf. Efe 6, 12b), mais bocejamos, pois é necessário
uma demanda maior de oxigênio para o organismo que está se readaptando ao novo
estado de liberdade mental, isto é, sem opressão mental.
E quando bocejamos sem estarmos em oração? Ainda que não
rezemos, o Espírito Santo que está em nós ora em nós, o simples desejo de orar,
de estar com Deus, já se constitui uma oração, ou ainda, não estamos
"desconectados" do mundo espiritual, ou seja, constantemente estamos
recebendo orações, seja dos vivos, dos que se encontram no purgatório (Cf.
Catecismo da Igreja § 958).